“Deus é a minha salvação; terei confiança e não temerei”. (Isaías 12.2)
O médico canadense Gabor Maté acredita que é preciso cuidar a saúde mental com pacientes que sofrem com abuso de substância e diz: nós não estamos tratando a causa real do problema. Para entender o que leva ao vício, é necessário observar seus benefícios. O que ele faz por você? As pessoas costumam dizer que o vício oferece um alívio para a dor, uma saída para o estresse, dava um senso de conexão, uma noção de controle, de significado, a sensação de estar vivo, entusiasmo, vitalidade. Em outras palavras, o vício preencheu uma necessidade humana que era essencial, mas que não tinha sido satisfeita na vida daquela pessoa. Todos esses estados, da ausência de conexão e do isolamento até o estresse no dia a dia, eram de dor emocional. Então, o que se deve perguntar sobre dependência química não é “qual é o vício?” Mas, sim “qual é a dor?”.
O tratamento para isso exige muita compaixão, muita ajuda e muita compreensão, em vez de consequências severas, medidas punitivas e exclusão. Não é perguntar “o que está errado com você?” Mas, perguntar “o que aconteceu com você?” O vício não é uma escolha. Gabor Maté afirma que “ninguém escolhe sentir dor”. Nenhum ser humano escolhe ser dependente químico. O vício não é uma escolha que se faça, é uma resposta à dor emocional. E ninguém escolhe sentir dor. Uma pessoa pode se viciar em praticamente qualquer coisa. A dependência se manifesta em qualquer comportamento em que a pessoa encontre um prazer ou alívio temporário, e que passe a desejar intensamente. A pessoa, então, sofre as consequências negativas como resultado, mas não para, ou não consegue parar, apesar dos desdobramentos ruins.
Isso pode incluir drogas, álcool, substâncias de todos os tipos. Também pode se relacionar a sexo, a jogos de azar, a compras, ao trabalho, a poder político, a jogos online, etc. Praticamente todas as atividades podem ser viciantes, dependendo do relacionamento com elas. O ponto é que qualquer pessoa pode ser viciada em alguma coisa. Até mesmo na “Idolatria”. Os israelitas deveriam se converter da idolatria deles e se voltarem para o SENHOR para serem livrados, e não confiarem na força dos egípcios e dos etíopes. Mas de tal maneira estavam desviados do SENHOR e com o vício da idolatria arraigada em seus corações, que não teriam como escapar destas consequências negativas, e como resultado, o SENHOR levantou o profeta Isaías, que ficou andando seminu por três anos em Israel. Os textos sobre os profetas são muito impactantes, já que muitas vezes Deus usava a própria vida deles para passar mensagens específicas ao povo.
Esta Aliança entre Egito e Etiópia traria males ao reino de Judá: “Vai, solta de teus lombos o pano grosseiro de profeta e tira dos pés o calçado. Assim ele o fez, indo despido e descalço.” (Isaias 20.2) Na ordem de Deus o profeta deveria tirar o “pano grosseiro” e “dos pés o calcado”. A ideia é que o profeta se apresentasse como um escravo humilhado, desfilando a humilhação que o povo iria passar caso não se livrasse deste vício. Justamente isso que acontece com uma pessoa viciada. Ela se torna escrava, jogada pelas sarjetas da vida, perde sua dignidade, e mudo, sem voz, é dominada pela droga. Assim permaneceu Isaías por três anos, andando seminu como um escravo, enviado esse sinal “mudo, sem voz” porque o rei e seus conselheiros estavam se recusando a deixar o vício da idolatria. O povo de Deus deveria continuar confiando na Proteção Divina. Muitos dos ensinamentos e profecias se aplicam aos dias atuais. Uma Nação que se fez de surda e o profeta se fez de mudo, na esperança de que o povo deixasse o vício e voltasse a face ao SENHOR dos Exércitos.
“REVERENDO E ENGENHEIRO:JONAS GOES CUNHA JR.