“COMPAIXÃO PELAS ALMAS”

“Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou perto dele e, vendo-o, encheu-se de “compaixão”, e aproximado-se…” (Lc 10.33)

Para se aproximar da ferida é necessário “condoer-se”, ou seja, sentir as dores com a pessoa. Quanto mais uma pessoa se aproxima dos escombros da alma ferida, mais ela percebe o Coração de Deus por ela. A compaixão gera a proximidade que gera responsabilidade. Tudo isso resulta na capacidade de ajudar e de fazer a diferença. O primeiro verbo para compaixão é guerrear. O Bom Samaritano precisa ter a capacidade de percorrer todos os redutos da sua alma humana, mobilizar-se através de estratégias de combate para ser livre da concupiscência de reconhecimento. Uma pessoa compassiva já venceu as barreiras impostas pelas carências emocionais, alguém que não precisa chamar a atenção para si mesmo, que não tenta carnalmente impressionar os outros com a su espiritualidade, se expondo ao inimigo e comprometendo o processo.

Gente madura, discreta, que não negocia a ética, e também precisa saber encarar o inimigo sem supervaloriza-lo, confiando plenamente na pessoa, no caráter e na provisão do General de Guerra. A guerra é um dos assuntos mais importantes na luta contra o inimigo. É o campo onde, a vida e a morte são determinadas. É o caminho da sobrevivência ou da desgraça de uma vida. Assim, o poder de mobilidade e observação espiritual:…”Andai e observai a terra…” A capacidade de percorrer o território da alma nos campos emocionais, sentimental, moral, espiritual, etc.  Quem entra no campo de batalha para guerrear pelas vidas, deve estar familiarizado com as ciladas do inimigo. Quando uma pessoa estiver com suas forças desgastadas, com suas provisões insuficientes, com sua vida desmoralizada e com suas finanças exauridas, muitos passarão por ela sem nota-la, como fez o sacerdote e o levita. Na hora da humilhação o inimigo tirará proveito e obterá vantagens, zombando do seu estado de destruição em uma sarjeta.

Aquele que conhece o inimigo e conhece o Seu General de Guerra, lutará cem batalhas sem perigo de derrota, pois ser invencível depende da própria Força do Comandante. Uma torrente que flui rapidamente pode fazer saltar pedras pesadas do leito do rio por causa do impulso forte da água. Um falcão que voa depressa quando golpeia pode destruir sua presa, por causa da oportunidade e rapidez de sua investida. Tudo depende do General  de Guerra. O potencial Dele é como um arco, completamente esticado, que lança, no momento preciso, a flecha certeira. No tumulto de uma batalha, o seu exército permanece calmo. No caos da guerra, onde as posições mudam constantemente, ele permanece invulnerável. O Bom Samaritano é sinônimo de General que com Compaixão pelas almas, passa se aproximando das ruínas de pessoas que ficaram feridas a beira do caminho. O templo destruído e saqueado, o altar derrubado, ou seja, um quadro de morte, ausência espiritual. Os muros da cidade feitos em pó, ou seja, os limites espirituais da alma destruídos e os portões queimados, a alma totalmente desprotegida, à mercê da invasão inimiga. O que é a sua Alma? O corpo sem espírito está morto.

“MÔNICA DRUZIAN” – Psicopedagogia Através da Palavra

“A RAIZ DE SUAS RAÍZES”

“Nós, porém, temos a Mente de Cristo”. (1 Co 2.16)

A Metáfora do Elefante, um animal de tão grande porte, forte e belo, preso por uma corrente em uma estaca. O elefante está preso para não fugir. Mas, o elefante pode fugir quando quiser! Uma corrente e uma pequena estaca não é o grande obstáculo para ele. Então, por que ele não foge? “Ele não foge porque é treinado”.  A mente do elefante só havia a lembrança da luta feroz que travava contra a corrente quando era pequeno. Por isso, o maior inimigo do elefante era sua mente, que criou a necessidade de castigo, e a lembrança do passado era mais forte do que a possibilidade real do presente. Muitas pessoas ficaram presas a experiências do passado. Elas não tentam novamente porque a cegueira mental seduz para caminhos maléficos. Seu pior inimigo sempre será a sua mente, porque ela sabe todas as suas fraquezas. As correntes que prendem uma pessoa são mais mentais do que físicas.

O apóstolo Paulo instrui o povo através da Mente de Cristo e não na sabedoria humana. Paulo não utilizava servas formas de retórica. O povo que ele estava instruindo estava influenciado pela filosofia grega, e Paulo era cobrado A dar este tipo de atrativo ao gosto do homem. Mas Paulo sabia que nenhuma técnica de retórica, nenhum discurso eloquente, é capaz de libertar a mente humana da prisão. O homem natural pertence a este mundo, e sua mente é conformada aos padrões terrenos. Então nesse sentido o apóstolo diz que o homem natural não pode compreender as “coisas do Espírito de Deus, porque lhe parece loucura”. Existem duas formas de Mentes: A Mente da Luz e a Mente das Trevas. Enquanto o homem natural segue a mente deste mundo, o homem espiritual segue a mente do reino de Deus. Isso significa que aquele que é habitado pelo Espírito Santo tem em seu interior a “Raiz”.  Um rebento brotaria da Raiz e de suas raízes um renovo frutificaria.

O elefante manteve-se dependente, protegido, então, ficou totalmente inutilizado. Pessoas sucumbem ante a menor dificuldade porque continuam com mentes infantis. Suas decisões sempre foram tomadas por outros, em consequência, se desanimam facilmente; não podem suporta a dor de ter que iniciar sua germinação como semente. A mente se volta sobre si mesma, e o obstáculo de “vir a ser” evita ver de frente sua fraqueza. Uma das primeiras coisas que ocorre na germinação é a absorção de água pela semente. À medida que a semente vai se enchendo de água, a casca se rompe, permitindo a entrada de oxigênio. Depois que as células do embrião recebem água, oxigênio e temperatura adequada, elas começam a se desenvolver, dando origem à primeira estrutura que sai da semente, que é chamada de radícula. A radícula será a futura raiz da planta e ela começa a crescer para dentro do solo. Portanto, a Consciência é a função pela qual se conhece a vida interior, isto é, os fenômenos psíquicos que se passa em qualquer ato de conhecimento. É preciso buscar em primeiro lugar, a Fonte da Vida.

Todo deserto é árido e áspero, e pode-se imaginar o significado de uma nascente de água, com a vida que floresce ao seu redor. Encontrar uma imagem mais bela do que uma Raiz que sustenta todas as outras raízes. O real sentido da vida é sentir e viver em meio ao caos, a capacidade de tirar o nutriente necessário do sofrimento e da dor, para germinar, mesmo que tudo pareça impossível para rasgar a terra, florir e produzir frutos. “Não por força nem por violência, mas pelo Meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos”. (Zc 4.6) O povo precisa ser encorajado; precisa saber que apesar de suas falhas e limitações, oposição, desânimo e impossibilidades, a “reconstrução” do seu templo se iniciou. Oposições internas e externas ameaçavam a conclusão da obra. Mas, não é tempo de o próprio povo estar abatido e intimidado diante de suas próprias limitações e incapacidades. O objetivo é uma comunidade remanescente, encorajada pela “Força” do Espírito Santo que concede a habilidade, eficiência e proeza da bravura que indica Poder, Vigor e Coragem para recomeçar, mesmo que tudo pareça o fim.  “Se a Mente de Cristo vos libertar, Verdadeiramente sereis livres”…”Então, tenha impulso para lutar!”

“REVERENDO E ENGENHEIRO:JONAS GOES CUNHA JR.”